“Então nós fizemos um acordo. “Nenhum dos dois vai sequer imaginar a possibilidade de que isso se transforme em amor”. Pura diversão. Sem sentimento nenhum. Nos encontraríamos apenas aos finais de semana. Nos outros dias estava fora de cogitação pensar, ligar ou procurar o outro. E que cada um vivesse sua vida da forma que achasse melhor. Era um ótimo acordo e, teoricamente, ninguém sairia perdendo. Eu me sentia totalmente independente, segura, talvez até feliz. Porque não tinha amor ali, nem lágrimas, nem saudade, nem dor. Era apenas diversão. Você era como qualquer outra pessoa que não tinha a menor importância sentimental pra mim. E foi bom. Até o ponto em que não havia absolutamente nada entre nós, foi bom sim. Eu vivia minha vida, sorria, chorava, gritava, cantava. Sem nem sequer pensar em você. Mas eu sou aquele tipo de pessoa que pensa demais. E desde sempre tenho uma tendência não muito agradável de fazer exatamente o contrário do que deveria. Olho pra cada um que vai passando na rua e penso “E se aquela pessoa fizesse parte da minha vida?” Foi aí que me veio o teu nome na minha cabeça e eu fiz a besteira de me perguntar a mesma coisa. Mas você já fazia parte da minha vida, querendo ou não. Lembrei do acordo, dos finais de semana, e de você me chamando pra sair. Não era pura diversão. Não pra mim. Nada é pura diversão pra mim. Então o que era? Peguei o celular e digitei o teu número, em plena quinta-feira. Você atendeu extremamente surpreso: “Você quebrou o acordo, sabia?” “Desde que passei a te amar.”
— Larissa Rodrigues
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